Musicoterapia

A intenção da terapia com música é de enriquecer e ampliar a existência, dar liberdade, estabilidade, organização e foco”. Diante do exposto conclui-se que a musicoterapia é um tratamento complementar valioso, que atenta para aspectos neurocognitivos, emocionais, psíquicos e sociais do paciente com Alzheimer. Atua na manutenção e melhora da qualidade de vida do paciente e propicia maior interação deste com o meio social e familiar. (Luisiana B. França Passarini Centro de Musicoterapia Benenzon Brasil – São Paulo, Brasil).

O trabalho musicoterapêutico, consiste em mobilizar a afetividade e estimular a expressão das emoções através da comunicação não verbal ou analógica, entendida como: “... o conjunto de indicadores comunicacionais que aparecem em uma interação como expressão facial, postura, gestos, inflexão de voz e qualquer manifestação não verbal que o corpo seja capaz” (Watzlawick, 2007).

“A musicoterapia para pacientes com demência é possível porque a percepção, a sensibilidade, a emoção e a memória para a música podem sobreviver até muito tempo depois de todas as outras formas de memória terem desaparecido.”  (Sacks, 2007:320).

De acordo com Rolando Benenzon, músico, psicanalista e psiquiatra argentino, precursor da musicoterapia no Brasil e América Latina, o objetivo fundamental da musicoterapia com o paciente que sofre de Alzheimer é estabelecer novos canais de comunicação através do contexto não verbal (sonoro-musical) e assim melhorar e fortalecer sua saúde. Como uma das maiores autoridades mundiais no assunto, define a musicoterapia como “... uma psicoterapia não verbal que utiliza o som, a música e os instrumentos córporo- sonoro-musicais para estabelecer uma relação entre musicoterapeuta e paciente ou grupos de pacientes, permitindo através dela melhorar a qualidade de vida, recuperar e reabilitar o paciente para a sociedade” (Benenzon, 2000: 26).